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Teste da caixa branca: O que é e como aplicar?

Teste da caixa branca é um dos recursos mais importantes dos desenvolvedores de software para testar a estrutura de seu código e verificar se a aplicação está funcional. Esta é uma tarefa fundamental da área, já que as exigências estão cada vez mais altas quando falamos sobre a qualidade dos programas disponibilizados aos usuários. Em caso de falhas, não só as operações do aplicativo podem não funcionar muito bem, como gerar um impacto importante para a empresa responsável pelo software.

Assim, o teste da caixa branca deve estar sempre presente nas etapas de trabalho. Se você é um profissional da área de tecnologia e não sabe como este teste funciona, vem com a gente neste artigo, que não só vamos falar o que é este processo, como ainda você vai ver como aplicar.

Mãos femininas em um computador com símbolo de interrogação na tela

O que é o teste de caixa branca?

O teste de caixa branca –  também conhecido como teste de caixa clara ou teste estrutural –tem como foco principal a análise interna da estrutura de um código. Isso permite examinar e testar de forma detalhada o funcionamento interno do software. 

De forma mais simplificada, nesta metodologia, a “caixa” do software é transparente, o que facilita uma visualização completa, funcional e clara da estrutura que está dentro dela. Isso quer dizer que os testadores vão ter acesso total ao código-fonte, permitindo que eles façam repetidas análises sobre cada aspecto da estrutura e lógica do código, seguindo caminhos específicos dentro da aplicação, loops e declarações internas para garantir que todas as seções não só estejam operando corretamente, mas também dentro das normas de programação.

A partir deste escopo de trabalho, a abordagem extremamente detalhada do teste de software ajuda a identificar possíveis erros ocultos dentro do programa, que nem sempre estão evidenciados nos testes de caixa preta, por exemplo, que está mais preocupado  em avaliar o software do ponto de vista do usuário final, sem considerar a estrutura interna. 

Com isso, ao realizar o teste de caixa branca, os desenvolvedores garantem que o software é seguro e eficiente, com uma estrutura de código que é funcional e fácil de ser mantida e atualizada quando necessário.

Como funciona o teste de caixa branca

Aqui, não tem muito segredo. O processo do teste de caixa branca é um trabalho bastante detalhado e técnico, exigindo um conhecimento profundo da estrutura interna do software por quem vai realizar o teste. Para testar de forma correta, alguns passos devem ser seguidos, como: 

Análise: O primeiro passo no teste de caixa branca é uma análise detalhada do código-fonte, com os testadores examinando a estrutura do código, algoritmos, loops, ramificações e condições lógicas.

Casos de teste: Desenvolvimento de casos de teste de software específicos para cobrir todos os aspectos da estrutura do código, garantindo que nenhuma parte fique de fora da análise.

Execução: Aqui ocorre a execução funcional dos casos de teste de software, em que os testadores acompanham como o software se comporta em resposta a cada situação elaborada.

Resultados: Os resultados são, então, analisados para indicar se o código está se comportando ou não como o esperado, registrando cada possível falha do programa.

Refinamento: A aplicação passa para refinamento, corrigindo os defeitos encontrados. Com isso, os casos de testes são ajustados para verificar se as modificações geraram algum conflito lógico.

Documentação: Este processo gera uma documentação detalhada, permitindo consultas e checagem do histórico de bugs e mudanças já realizadas naquele programa.

Estratégias de teste de caixa branca

Todos os passos anteriores estão presentes em diferentes estratégias do teste de caixa branca. Cada uma delas possui sua técnica e caminhos únicos para garantir a eficiência necessária à aplicação.

Caminho de controle: Esta estratégia busca testar todos os caminhos possíveis através do código, com o objetivo de garantir que as rotas de execução sejam verificadas, incluindo loops e ramificações. Isso ajuda a identificar falhas lógicas e garante que todas as partes do código sejam executadas durante o teste.

Teste de Condição: Neste caso, o testador realiza a verificação de todas as condições lógicas no código, como instruções if-else e switch-cases. Esta estratégia é responsável por certificar de que o código está se comportando corretamente em diferentes cenários e condições.

Teste de Loop: Esta técnica é usada para testar as estruturas de loop no código, como for, while e do-while loops. Assim, é possível entender se as etapas estão operando corretamente principalmente em situações de limites de início e término do loop.

Cobertura de código: Uma das principais estratégias no teste de caixa branca, ela testa cada linha de código, garantindo que não haja partes não testadas do código.

Fluxo de dados: Analisa como os dados estão sendo utilizados e manipulados dentro do código, verificando se todas as variáveis são inicializadas antes do uso, se existem variáveis que nunca são usadas e se os caminhos de dados são lógicos e eficientes.

Baseado em API: Em casos de uso frequente de APIs, esta estratégia é responsável por testar as interfaces de programação dos aplicativos, permitindo uma interação adequada em parceria com o código principal.

Resultados em testes de caixa branca

Como etapa final deste processo, chegamos à produção de um relatório completo e detalhado sobre a análise obtida a partir do teste de caixa branca. Este é um processo fundamental, pois é ele que servirá como referência para alterações, atualizações e até consultas em projetos futuros.

Desta forma, o relatório deve começar com uma descrição detalhada dos casos de teste utilizados no processo, seus respectivos critérios, cenários abordados e as possíveis condições específicas que foram aplicadas durante a análise. Em seguida, é preciso relatar todos os resultados encontrados a partir de cada teste, fornecendo uma visão clara sobre quais etapas foram aprovadas e quais falharam no processo.

Principalmente ao apontar os erros, é fundamental fazer isso de forma completa. Isso quer dizer que não apenas a falha é apresentada, mas também sua causa raiz, falhas lógicas, erros de sintaxe ou problemas de desempenho. Afinal, é a partir daqui que toda a equipe vai se guiar para fazer as modificações e melhorias. Os dados da análise da cobertura de código do teste de caixa branca também precisam estar presentes, mostrando o quão extensa foi a verificação. Há diversas ferramentas de análise que auxiliam fornecendo métricas importantes.

A partir de todas essas informações, o relatório deve indicar recomendações para melhorar o código atual, indo de sugestões para refatoração, otimização, correção de bugs e até recomendações para outros testes. Por fim, o documento deve ser concluído com um resumo da análise e o plano de ação para as atualizações.

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Embora seja uma etapa fundamental, poucos profissionais sabem testar uma boa caixa branca em seus trabalhos. Em uma área tão disputada e cada vez mais requisitada pelas empresas, ter um conhecimento profundo sobre esta atividade com certeza vai te gerar pontos extras na hora de conseguir uma nova oportunidade de emprego ou alavancar sua carreira.

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