Renato nasceu e cresceu em São Paulo. Hoje, mora sozinho, próximo a São Caetano, mas carrega consigo uma longa trajetória profissional marcada por dedicação, aprendizado e mudanças de rumo.
Foram +10 anos trabalhando em call centers, 7 deles como gestor de equipes. Durante esse período, construiu uma carreira sólida em suporte técnico e gestão de pessoas, liderando times e participando de projetos estratégicos. Mas, no meio desse caminho, descobriu uma paixão inesperada: os dados.
“Logo que eu me tornei gestor, uma das minhas atividades era compilar dados e mostrar resultados. Eu percebi que gostava mais disso do que da gestão de pessoas”, lembra.
A partir desse momento, Renato começou a explorar mais ferramentas de análise. Criava relatórios em Excel, desenvolvia visualizações e era frequentemente convidado a apoiar projetos que exigiam números e métricas, mesmo sem estar oficialmente na área de dados. “Eu fazia tarefas para meus líderes, para os meus pares e acabei sendo incluído em projetos, porque sabiam que eu tinha essa expertise.”
Esse envolvimento despertou uma inquietação: por que não transformar aquilo que mais gostava de fazer em profissão?
Decidir deixar para trás uma carreira consolidada não foi fácil. Renato tinha experiência, estabilidade e segurança como gestor, mas já não se via com a mesma motivação de antes.
“Eu sentia aquela insegurança. Pô, caramba, será que vai dar certo? Eu já tinha uma carreira consolidada em gestão de pessoas, algo que eu dominava. Mas, ao mesmo tempo, eu não tinha mais apreço em continuar. Eu queria entrar na área de tech porque me identificava 100%.”
Antes da TripleTen, Renato chegou a tentar a transição por conta própria, mas sem sucesso. “Eu tentei fazer do meu jeito e não deu muito certo. Foi aí que eu falei: preciso de uma escola, de orientação, de pessoas que já fizeram essa migração para me mostrar o caminho. Eu precisava de um ambiente que me desse esse norte.”
Pesquisando por escolas que oferecessem algo inovador, Renato conheceu a TripleTen. O formato chamou sua atenção por unir flexibilidade, tecnologia atualizada e apoio na transição de carreira.
Ele lembra que as mentorias foram fundamentais nesse processo: “Uma das coisas que eu mais gostei foram as mentorias, tanto técnicas quanto de carreira. O material da TripleTen é um tesouro.”
Python foi outro marco. Renato já tinha familiaridade com relatórios, mas aprender a programar abriu novas portas. “Eu não sabia programar em Python. Foi uma das hard skills que realmente me destacaram nos processos seletivos. Dentro da plataforma, o aprendizado foi tranquilo, sem aquela sensação de ser algo impossível.”
Desde o início, Renato decidiu que seu foco seria total: conquistar a primeira vaga na área de dados. Ele aplicou o que aprendeu no bootcamp e mergulhou em processos seletivos, mesmo sem ter total domínio.
“No começo, eu me inscrevia em vagas que não tinham nada a ver. Foi muito por acerto e erro. Aprendi a mexer no LinkedIn, a deixar meu perfil atraente e a aproveitar o Easy Apply. Também entendi o algoritmo: os melhores dias para aplicar, como organizar meu currículo. Tudo isso eu aprendi praticando e com a ajuda da TripleTen.”
Essa dedicação o levou a enfrentar diferentes etapas: desde não ser chamado para entrevistas até finalmente conquistar convites. “Na parte comportamental, eu me saía bem, mas na técnica ainda tinha dificuldade. Eu sabia que seria meu calcanhar de Aquiles, porque estava aprendendo. Mas a cada entrevista eu ficava mais preparado.”
Todo esforço trouxe resultado. Hoje, Renato trabalha como analista de dados em uma vaga de nível sênior. Embora reconheça que ainda está em evolução, a realização é evidente.
“Eu estou numa vaga como sênior, mas não me vejo 100% assim ainda. O importante é que a empresa me deu abertura para aprender e crescer. Estou aproveitando ao máximo essa oportunidade.”
Mais do que um novo emprego, a mudança trouxe motivação e qualidade de vida. Antes, como gestor, sua rotina era quase totalmente presencial. Agora, ele trabalha em modelo híbrido. “Isso fez toda a diferença para mim. Hoje eu tenho mais equilíbrio, mais tempo e, principalmente, vontade de continuar estudando. Antes eu já estava saturado, era sempre mais do mesmo. Agora, cada dia é um aprendizado novo.”
E olhando para o futuro, Renato tem clareza: “Meu objetivo é me tornar um profissional sênior de fato, referência para os colegas e alguém de confiança para líderes e pares. Quero ser um espelho para outras pessoas que estão entrando na área.”
Ao compartilhar sua trajetória, Renato reforça a importância da resiliência e da disciplina. “Na tecnologia, você precisa estudar sempre. É como ir para a academia: se quiser ter saúde, precisa manter a rotina. Na carreira é a mesma coisa. Tem que sentar todo dia, nem que seja meia hora, para aprender algo novo. Quando tentei relaxar, entrar na zona de conforto, não deu certo. Então, se você quer migrar para tech, precisa entender que é um aprendizado contínuo.”
A história de Renato mostra que mudar de carreira, mesmo depois de anos em uma área diferente, é possível. Com dedicação, orientação certa e disciplina, ele saiu do call center e conquistou um lugar na análise de dados — uma área em constante crescimento.
“Hoje eu sou bastante realizado no que faço. Tenho motivação, qualidade de vida e valorização. Essa transição foi, sem dúvida, uma das melhores decisões que eu já tomei.”